sexta-feira, 1 de maio de 2009

MÁRIO DE ANDRADE: - "PARNASIANO ??"

Foto do livro: "Mário de Andrade: Cartas de Trabalho
Correspondência com Rodrigo Mello Franco de Andrade (1936-1945),
Ed. MEC.SPHAN - Pró-Memória, 1981, pág. 56 - foto recortada.

A BALADA DA ÚLTIMA PRINCESA
Mário de Andrade


“O Modernismo foi um toque de alarme. Todos acordaram e viram perfeitamente a aurora no ar. A aurora continha em si tôdas as promessas do dia, só que ainda não era o dia. Mas é uma satisfação ver que o dia está cumprindo com grandeza e maior fecundidade, as promessas da aurora. Ficar nas eternas aurorices da infância, não é saúde, é doença. E a literatura brasileira aí está, bastante sã. Adulta já? Quase Adulta...”
(Mário de Andrade – O Empalhador de Passarinho: Modernismo - 7-1-1940).

Quando concluí a esquematização para pesquisar e estudar a vida e obra do paulistano René Thiollier, um dos “Mecenas da Semana de Arte Moderna de 22”, logo na arregimentação dos livros e matérias, percebi que não iria cumprir exatamente como o planejado, pois a cada “achado” abria-se uma gama de variantes que me obrigavam a deixar a pessoa e a obra do René. Culpo o próprio René por isso. Sua atuação na vida literária paulistana foi mais intensa e eclética do que eu poderia imaginar. A cada página lida, meu esquema foi se transformando num deformado organograma, ou melhor, num “rabiscograma”. Intelectuais de expressão foram sendo adicionados neste meu “rabiscograma”, tais como: Paulo Prado, Alfredo Pujol, Rubens do Amaral, Afonso Schmidt, Francisco Pati, Sud Minnucci, Altino Arantes, Plínio Airosa e muitos outros que não imaginava sua expressão na literatura paulista. Tinha certeza de que surgiriam nomes como: Plínio Salgado, Cassiano Ricardo, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Menotti Del Picchia e Mário de Andrade, até então, nenhuma surpresa. Surpresa maior ficou por conta dos textos do René Thiollier e, principalmente, os inúmeros textos inéditos editados na Revista da Academia Paulista de Letras, dirigida pelo Secretário Perpétuo, René Thiollier. Exemplo disso foi o texto com a grafia original: “O Baile dos Pronomes”, postado neste blog, retirado daquela Revista, edição nº 17, de 12 de março de 1942 – apesar de que esse mesmo texto foi editado no “O Empalhador de Passarinho”, na edição comemorativa do 50º Aniversário da Semana de Arte Moderna, em 1972, pela Livraria Martins Editora S.A., em convênio com o Instituto Nacional do Livro & MEC, págs. 263 a 268.

Após este imenso primeiro parágrafo, entro diretamente no assunto pauta desta postagem: - Outro texto, um poema do macunaímico Mário de Andrade (que ele não editou em livro), “Balada da Ultima Princesa”, do ano de 1913. Este poema está na edição nº 3, de 12 de Agosto de 1938, da Revista da Academia Paulista de Letras, págs. 51 a 53. Em 1974, a Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, em contrato com a Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo de São Paulo, sob a forma de co-edição, lançou “Mário de Andrade, Um Pouco”, de Oneyda Alvarenga. Neste livro fantástico, Oneyda publica alguns poemas de autoria do Mário. Com o título: POEMAS “MALDITOS” DE MÁRIO DE ANDRADE”, Oneyda faz uma introdução para apresentar vinte e quatro poemas e uma série de quadras, que Mário havia dado a ela em 1944. Assim ela inicia o texto POEMAS “MALDITOS” DE MÁRIO DE ANDRADE (p. 110):

- “No início de 1944, Mário de Andrade me deu os vinte e quatro poemas e a série de quadras que ora publico, acompanhando-os de uma explicação mais ou menos assim: não achava esses versos merecedores de publicação, mas também não tinha coragem de destruí-los; eram meus”. (itálico meu). Segundo Oneyda, esse conjunto de poemas se divide em quatorze composições anteriores a 1917 e onze escritas de 1924 a 1933. Em POESIAS ANTERIORES A 1917, o “Balada da última princesa” é o de número 9 – págs. 119 a 121.

O importante, além de conhecer o poema, é continuarmos estudando a vida e a obra do autor de Paulicéia Desvairada. No prefácio do texto “O Baile dos Pronomes” (
*), mencionei que, para mim, Mário de Andrade continua “indescobrível”. Após cada nova descoberta, acabo admitindo que outros adjetivos podem e devem ser adicionados quando da qualificação deste ícone paulistano e brasileiro, mesmo que muitos deles já utilizados e conhecidos, tais como: indeclinável, indefectível, indefinível, indelebilíssimo, indestronável, imorredouro, etc. Chega. Estou me tornando insuportável. O que mesmo queria dizer é da importância de revermos o Mário de Andrade “antes” da Semana de 22. E este poema nos conduz para este período, principalmente, sabendo que ele foi um dos maiores antropófagos dos passadistas. Segundo o próprio Mário, nem tanto. Vamos refletir partindo do seguinte:

- É totalmente errôneo afirmarmos que, principalmente os literatos modernistas pós Semana de 22, dispensaram permanentemente o academismo, todas as metodologias, conceitos e influências ditas como “passadistas”. Temos exemplos clássicos na literatura e nas artes plásticas. Basta verificarmos o tradicionalismo poético de Guilherme de Almeida, Cassiano Ricardo e Menotti Del Picchia. Nas Artes plásticas, da mesma forma, encontramos Anita Malfatti e Segall com obras simplesmente maravilhosas e inconfundíveis, que os especialistas se perturbam ao classificá-las quanto ao estilo quando o fator “período” da construção da obra é longínquo das obras intituladas como “ofensivas” da década de XX. Não podemos esquecer que Mário de Andrade e Anita Malfatti travaram uma “guerrilha conceitual” através de cartas, lá pelos idos de 1939, pois Mário não aceitou a tendência e o desejo íntimo do expressionismo formalista e a variedade estética do estilo eclético da sua Anitoca. Desta “guerrilha conceitual” que mencionei, podemos conhecer alguns episódios. Um deles, que acho espetacular pela forma apresentada (respeito, educação e até certo grau de melindrismo), está num dos trechos da carta de Mário, datada de 1 de abril de 1939:

“Rio 1-IV-39

Anitoca
(...)
Não sei, Anita, sua carta contendo suas idéias artísticas de agora me preocupou. Meio que não concordo com elas. Mas é tão difícil discutir arte com você, principalmente a sua arte! Você se encrespa logo, pensa que a gente tá querendo dar lição, quando se trata apenas de discutir idéias. Você fala que o artista é apenas um transmissor de beleza e que, desejava ter um Debret e um Rugendas em casa pois está “querendo fazer um quadro com o sabor daquela gente”, como você mesma diz. Ora eu não concordo com isso, Anita. (...)”
. (Ver nota 1).

Hoje, sabemos que Mário, talvez pelo distanciamento pessoa a pessoa entre ele e Anita, não entendeu o intento da “mãe do modernismo brasileiro”, mas isso é assunto para outro estudo – e, voltando à nossa temática, pauta deste texto, é importante sabermos que existem várias passagens das quais o próprio Mário de Andrade, Bandeira e até Brecheret mantiveram o caráter tradicional, ou melhor dizendo, o caráter “passadista” que tanto combateram. Mário e Bandeira, por exemplo, travaram inúmeras discussões a respeito do que é ser modernista e ser moderno. Vejamos, por exemplo, a afirmação que Mário de Andrade fez numa missiva em 1924. Vejamos um trecho interessantíssimo:

“[São Paulo], 29 de dezembro de 1924.

Manuel,

(...). Não sei se já te confessei a minha dificuldade de observação crítica. Todos os meus trabalhos críticos, Manuel, representam uma soma enorme de trabalhos e paciência. Releio muitas vezes uma coisa. Penso, torno a pensar... De repente a observação crítica surge rápida, nua, isso é que me dá raiva. Parece que podia surgir logo no princípio. Os reparos críticos que fiz do teu livro representam não sei quantas, talvez mais de dez leituras completas das poesias. E agora deixa eu te confessar mais uma coisa que foi um sentimento recalcado (como diz Freud) quando escrevi a crítica mas que me surgiu nítido agora com a tua carta. Eu quando escrevi sobre você tive uma intenção oculta. Oculta. Oculta até pra mim, inconsciente, antes subconsciente, mas inexpressa em idéia pela inteligência. Entre nós dois eu vejo uma coisa: escreveste aquela historiada fazendo intrigas com os amigos pelo jornal. (Mário aqui está se referindo a uma crônica escrita por Manuel Bandeira e publicada na Gazeta de Notícias do Rio, na qual, segundo o próprio Bandeira: “caçoava, sem nenhuma intenção maldosa, dos modernistas de São Paulo. Os paulistas e, entre eles, Mário não compreenderam a brincadeira, levaram a coisa a sério e ficaram sentidíssimos”). Mandei-te crítica severa do teu ato. Não te zangaste porque não tens a vaidade de ser gênio infalível. Mandas-me crítica severa dos meus versos. Mas o que a gente vê em torno são uma vaidades impossíveis. (...).
Agora antes de comentar outras partes do teu comentário deixa eu te falar sobre o modernismo e descendência de simbolismo. Teve aqui quem me dissesse mais ou menos: “Então você confessou que o Manuel não é moderno?” Isso é burrada, mas como aí te podem dizer a mesma coisa, vai este comentário. És moderno, és bem moderno. O que eu faço, e talvez já reparaste nisso, é uma distinção entre modernos e modernistas. Sobre isso aquele pedaço da minha crítica está muito intencionalmente escrito “o poeta (você) que é sincero e não se preocupa em fundar escolas e propagar novidades que não salão dele...” Tens aí uma censura do Z... (Nota minha: Esse “Z” era o Graça Aranha) que quer fazer da gente alunos dele e outra pra nós todos, “modernistas”, que andamos (passado) nos preocupando com novidades de França, Itália e Alemanha. Principalmente pra mim que quase me perdi. Toda reação traz exageros. Eu tive porque fui reacionário contra simbolismo. Hoje não sou. Não sou mais modernista. Mas sou moderno, como você. Hoje eu já posso dizer que sou também um descendente do simbolismo. O modernos evoluciona. Está certo nisso. O que também não impede que o modernistas tenham descoberto suas coisas e que se não fossem eles muito moderno de hoje estaria ainda bom e rijo passadista. Não é isso mesmo?“.
(Ver Nota 2).

Continuando esse assunto de moderno, modernista, simbolista, passadista e outros istas, Manuel Bandeira volta ao assunto em carta a Mário de Andrade:

“Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1925.

Mário.

Peço-lhe o favor de me mandar o endereço do Guilherme, sim?
Há um juízo errado na sua última carta. Não foi a severidade da crítica que me fez lamentar não conhecer antes de publicadas as Poesias o juízo que você formava dos meus versos. Come que não acho a crítica severa demais. Considero-a, como já lhe disse, fraterna. Interessou-me prodigiosamente. Em nada me magoou. Prestou-me um servição – em todos os sentidos. Lamentei, sim, pelo livro em si. Mas as desculpas que você mandou na cartão são razoáveis. Entedi-as e aceitei-as.
Está certo o que você diz no artigo e na carta sobre modernismo e simbolismo. Sou, de fato, de formação parnasiano-simbolista. Cheguei à feira modernista pelo expresso Verlaine-Rimbaud-Apollinaire. Mas chegado lá, não entrei. Fiquei sapateando de fora. É muito divertido e a gente tem a liberdade de mandar aquilo tudo se foder, sem precisar chorar o preço da entrada.
Quando publiquei o Carnaval, ignorava completamente o movimento moderno. Não sabia que estava “escrevendo moderno”. (...).
(Ver Nota 3).

Poderia estender mais o assunto, mas não é o momento. O que me interessava mesmo, antes de postar o “Balada da Ultima Princesa” do Mário, era tentar deixar evidente que também Mário de Andrade esteve preso ao Parnasianismo e outros ismos combatidos na década de 20, como também os resquícios desse estilo estiveram e permaneceram vivos, tanto em Mário de Andrade, como também em Manuel Bandeira. Eles, assim como Guilherme de Almeida, Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia, Sérgio Milliet e outros, permaneceram nos modelos estilísticos por eles mesmos combatidos. Eles todos combateram e, ao mesmo tempo, em períodos diferentes, defenderam as diretrizes estilísticas do Parnasianismo, do Simbolismo e até do Romantismo. O que eles fizeram com grande maestria foi, digamos, modernizar esses estilos. Não negaram a importância deles. Na verdade, após o estardalhaço da Semana de Arte Moderna, todos os literatos participantes, com o passar dos anos, foram se refazendo dos atos, fatos e dos falatórios antropofágicos que deglutiram sobre o chamado “passadismos” (Parnasianismo, Simbolismo, Romantismo). Podemos afirmar que “eles foram amadurecendo”. Essa afirmativa implica também dizer que: “o moderno ou o modernista” não pariu sem a constante presença dos estilos considerados pelos “moços de 22” como passadistas. Prova disso podemos verificar lendo a carta de Mário de Andrade a Manuel Bandeira, em 5 de Agosto de 1923:

“(...). Sê tradicional. Hoje estou nisso. Vê minha crônica no número de agosto da Revista do Brasil. Vê mais o trecho da Escrava que sairá no número de setembro da América Brasileira. Verás nelas o que penso sobre o tradicionalismo e sobre o hermeticismo. Sei muito bem a repugnância que nos dá, a nós – poetas de nós, qualquer concessão feita aos outros. E essa concessão é necessária, entretanto. É preciso acabar com esse individualismo orgulhoso que faz de nós deuses e não homens. (...)”. (Ver Nota 4).

Para concluir esta apresentação do poema “Balada da Ultima Princesa”, do Mário, postarei um trecho da carta de Bandeira em resposta doutra, onde Mário enviou alguns poemas para que Bandeira os analisasse. E Bandeira respondeu assim:

“Rio de Janeiro, 10 de outubro de 1925.

Mário.

Antes de mais nada: me lembro de ter visto num relatório de comissão da Academia alguma coisa, um comentário sobre “O luar na alameda”. Pode ser que me engane – é uma reminiscência muito vaga que me veio logo à cabeça quando vi o título do seu caderno. (...).
Achei os versos muito ruins, mas tive pena que você não os tivesse publicado em tempo. Agora está impublicável. Apesar de que, acho estes versos melhores do que Há uma gota de sangue. Como você era um romântico atrapalhado pelo parnaso e ainda por cima com infiltrações simbolistas está melhor neste lirismo pessoal do que no anedotário grandeguerrístico do outro livro. Você tem fundo romântico, mas este romantismo aqui é romantismo de puberdade. A puberdade estado de alma ficou em você até depois dos 20 anos, puxa! Eu também fiz versos assim, mas foi até 15 anos. Engraçado: fiz versos a um ipê também! a sua evolução é a coisa mais extraordinária que eu conheço. Lembro-me muito bem de ter ouvido você dizer em casa do Ronald: “- Aos 23 eu era burro, burro! mas de uma burrice incrível!” Não sei que idade você tinha quando fez estes versos, mas sabe que impressão eles me dão? O de um rapaz de 15, 16 anos que não trepou, com uma bruta ternura mas por ser feio acreditando que as pequenas não fazem caso dele, só lendo Varela, Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães e tudo isso nalguma cidade de Minas. (...).
A “Nevrose ao Luar” e “Balada da última princesa” – bom simbolismos, sobretudo a última cuja música octassílaba está muito bem composta, com fino encanto prosódico, aquele fino encanto prosódico do simbolismo. (...)”.
Todos esses versos são interessantíssimos para quem, como eu, gosta de sua poesia de hoje como a melhor que se faz no Brasil. (...).
Se em vez de estarmos escrevendo, estivéssemos conversando, tinha muito que dizer sobre esses versos seus. Mas escrever é o diabo. Sem parar pra pensar, com esta garatuja safada estou escrevendo há 55 minutos! (...).
(Ver Nota 5).

A seguir, o poema “Balada da última princesa”, mantida a grafia original da Revista da Academia Paulista de Letras:


BALADA DA ULTIMA PRINCESA

Mário de Andrade (1913)

Sob o seu roupão de cambráia,
Com os olhos largamente abertos,
Desde que a aurora aos montes ráia,
Ela anda nos salões desertos.

Nas salas êrmas do edifício,
Onde ha silêncio, onde ha mistério,
Ela passa como um bulício
De rezas num eremitério.

Dos quadros olham-na sorrindo
Infanções, condes e donzelas;
E ela, os longos olhos abrindo,
Passa horas longas nas janelas.

Por vezes, pelas tardes frias,
Quando é tudo sombra e repouso,
Ela desce as escadarias
E vagueia no parque umbroso.

E pelos canteiros de malva
Os seus olhos mornos espráia,
Sua tez é muito mais alva
Do que o seu roupão de cambráia.

Vem o vento. São alaridos
De enlaces machucando sedas...
Seus cabelos são tão compridos
Que arrastam pelas alamedas.

Raios de luar, quais serpentinas,
Jazem nos canteiros oblongos,
As suas mãos são finas, finas,
Os seus dedos são longos, longos.

E ela chega aos severos muros
Que a prendem como almas humanas,
E então fecha os olhos escuros
Com o centímetro das pestanas.

E enquanto volta pensativa
E a lua pelo céu desmáia,
Uma lágrima fugitiva
Rola em seu roupão de cambráia.

E ela volta. E pisa o mosáico
Das solenes escadarias.
Depois, reclina-se no arcáico
Leito de ébano e pedrarias.

E dorme. Dedos enlaçados,
Bôca entreaberta, olhos abertos.
E fantasmas de antepassados
Rondam pelos salões desertos.

Entram e sáem pelas portas
E se debruçam nas janelas,
E no luto das horas mortas
Formam tristíssimas sequelas.

Finos nobres de ambos os sexos,
Da mais alta e mais pura láia,
Passam ante ela e, genuflexos,
Beijam-lhe o roupão de cambráia.

Num cravo de sândalo e prata,
Unindo as cabeças formosas,
Um pagem lento e uma açafata
Dedilham músicas mimosas.

Nos dois lânguidos tocadores,
Como o som do cravo, se acentúa
Uma dôr cheia de pudores
À luz assombrada da lua.

Mas enquanto as janelas pasmas
Olham com grandes olhos pretos,
Os alvos, trêmulos fantasmas
Dansam pavanas e minuetos.

Mas a última princesa dorme
Até que a aurora aos montes ráia,
Envôlta numa letargo enorme
E no seu roupão de cambráia.
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

NOTAS:

(1) Andrade, Mário de. Cartas a Anita Malfatti (1921-1939) – Edição organizada por Marta Rossetti Batista. Editora Forense Universitária Ltda, Rio de Janeiro – 1989 – p. 145;
(2) Andrade, Mário de & Bandeira, Manuel. Correspondência Mário de Andrade & Manuel Bandeira. Org. Marcos Antonio de Moraes. Ed. EDUSP/IEB, São Paulo, 2001 – p. 168/169;
(3) Andrade, Mário de & Bandeira, Manuel. Correspondência Mário de Andrade & Manuel Bandeira. Org. Marcos Antonio de Moraes. Ed. EDUSP/IEB, São Paulo, 2001 – p. 175;
(4) Andrade, Mário de & Bandeira, Manuel. Correspondência Mário de Andrade & Manuel Bandeira. Org. Marcos Antonio de Moraes. Ed. EDUSP/IEB, São Paulo, 2001 – p. 101 e notas de rodapé n.º 52 e 53;
(5) Andrade, Mário de & Bandeira, Manuel. Correspondência Mário de Andrade & Manuel Bandeira. Org. Marcos Antonio de Moraes. Ed. EDUSP/IEB, São Paulo, 2001 – p. 247/248;

OUTRAS FONTES DE PESQUISA

– Alvarenga, Oneyda. Mário de Andrade, Um Pouco. Livraria José Olympio Editora, RJ, 1974 – Em contrato com a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de São Paulo, sob a forma de co-edição;
- Andrade, Mário de. Cartas Mário de Andrade – Oneyda Alvarenga. Livraria Duas Cidades Ltda. São Paulo, 1983;
- _____________. Poesias Completas – Obras Completas de Mário de Andrade, Tomo II. Livraria Martins Editora S.A., São Paulo, 1955;
- _____________. O Empalhador de Passarinho. Livraria Martins Editora S.A., São Paulo, em convênio com o Instituto Nacional do Livro & MEC, 1972;
- Duarte, Paulo. Mário de Andrade Por Ele Mesmo. Ed. Hucitec, São Paulo, co-edição com Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, 1977;
- Huhne, Lida Miranda. A Estética Aberta de Mário de Andrade: Parte III – Nos Meandros da Estética, Capítulos 1, 2 e 3. Edição da obra adquirida pela UAPÊ Espaço Cultural Barra Ltda., Rio de Janeiro, 2002;
- Lopez, Telê Porto Ancona. Mário de Andrade: Ramais e Caminho. Livraria Duas Cidades, São Paulo, em convênio com o Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Turismo, Conselho Estadual de Cultura, 1972;
- Revista da Academia Paulista de Letras, Ano I – 12 de Agosto de 1938, N.º 3 – Direção do Secretário Geral e Perpétuo René Thiollier.

NOTAS MINHAS (NECESSÁRIAS):

(1) Esta pesquisa só foi possível pelo esforço do meu estimado Amigo Mário Amoroso (que reside na Paulicéia do também amoroso Mário de Andrade) e que conseguiu descobrir nos sebos filiados à sua empresa as Revistas da Academia Paulista de Letras – Muitíssimo obrigado;
(2) Agradecimento especial também à minha Dileta Amiga e Professora: Márcia Oliveira, que lapidou e opinou sobre este meu estudo.

(Luiz de Almeida)